"Carta Aberta ao Exmo Sr. Presidente da Câmara Municipal da Covilhã
Exmo Sr.
Após ouvir atentamente as suas intervenções nos órgãos de comunicação
social a propósito da alegada origem criminosa dos incêndios que estão a
fustigar a paisagem alegadamente protegida na sua região, oferecesse-me
questiona-lo sobre o seguinte:
1º Onde estão as suas unidades locais de protecção civil?
2º Onde está a vigilância eficaz da floresta?
3º Onde está a responsabilidade da autarquia na limpeza do mato e incentivo a que os proprietários o façam?
4º Onde estão as campanhas de incentivo à vigilância civil?
5º Qual foi o plano municipal de vigilância florestal e articulação com
os agentes de protecção civil e todas a entidades com especial dever de
cooperação, para esse fim?
6º Quem são os seus responsáveis técnicos em protecção civil? São licenciados em protecção civil?
7º Onde está a página internet, informativa do serviço municipal de protecção civil da Covilhã?
8º Onde está a rede de difusão celular para aviso e recomendação à população em caso de perigo?
9º Onde podemos consultar os seus planos e políticas no que concerne à reflorestação?
10º Que iniciativas de protecção civil e de defesa da floresta praticam as juntas de freguesia do concelho da Covilhã?
Caro Sr., é para mim muito doloroso ver na TV essa paisagem que amo
reduzida a cinzas, mas é para mim igualmente doloroso saber que tal
acontece porque o município da Covilhã e tantos outros negligenciam na
sua acção preventiva, deixando margem para que trágico aconteça sem
adversário à altura de o evitar.
Enquanto o negócio dos incêndios
alimentar muitas casas e der riqueza a quem dele vive, os incêndios
serão um negócio em franca prosperidade e ascensão, com a conivência
negligente do poder político instituído.
A responsabilidade de vigilância florestal é de todos, e não somente da GNR ou ICNF!
Não devia Vexa ter mobilizado todas as colectividades do concelho para a
vigilância florestal, através da constituição das unidades locais de
protecção civil?
João Paulo Saraiva"
Retirado da página do Conselho Português de Proteção Civil